domingo, 22 de fevereiro de 2015

Fortuna X Consolante Sorpresa

As duas cartas são inesperadas e trazem presentes, dons, dinheiro imprevisto. As duas cartas passam rapidamente e devem ser aproveitadas naquele momento: sua sorte é fugidia e, se não for agarrada, não tem motivos para ficar.

 

Mirko Negri, em seu livro Sibille (Manuali per L'Anima), vê a Fortuna como recompensa que não depende do consulente, mas puramente da sorte. Pode agraciar aqueles que não merecem (por isso, em algumas imagens, aparece vendada) e nas horas mais impróprias. Não depende de boas ações, da lei do retorno, de pensamento positivo. Pode, inclusive, estar do lado do seu inimigo ou daquelas pessoas que fazem mal às outras. Se estivar ao seu lado, não é sinal de merecimento. É sorte.

Na lâmina Consolante Sorpresa, no entanto, vemos que o homem comprou ou teceu sua rede, foi até o rio, jogou-a e esperou pacientemente por algum resultado. Sabia que sua pesca poderia dar em nada, mas mesmo assim o fez. E o resultado foi muito melhor do que esperava. Portanto, aqui há recompensas por um trabalho feito, por um projeto elaborado. Só que os resultados também vieram com sorte, por foram muito além do que foi investido. 

Referência bibliográfica
NEGRI, MIRKO. Sibille (Manuali per L'Anima). Milano: Anima Edizioni, 2013.


Nenhum comentário:

Postar um comentário